REVISTA APPAI EDUCAR ED. 116

Quando o videogame é o astro da escola

Em Mato Grosso do Sul, a robótica se tornou referência no ensino da Escola Municipal Irmã Catarina Jardim Miranda. Os alunos do professor Greiton Toledo têm muito o que dizer, já que Cami- la dos Santos, de 13 anos, se engajou nos games após ter aula com a disciplina de matemática volta- da para a criação de jogos digitais. O Mattics, nome de batismo do projeto, foi idealizado não somente para satisfazer o gosto dos estudantes pelos jogos digitais ou para prepará-los a seguir uma carreira profissional como programa- dores, mas para incentivá-los, por meio das tec- nologias e das atividades colaborativas, a pensar e a expressar suas ideias matemáticas de forma crítica. Assim, a atividade nasceu de uma necessi- dade de atender os estudantes que apresentavam dificuldade na disciplina e também para incentivar aqueles que demonstravam bom rendimento. De acordo com Greiton, os alunos estranharam inicialmente, mas com o tempo as coisas come- çaram a dar certo e os alunos a se empolgar com o projeto. Logo as aulas de Matemática passaram das mais odiadas às mais queridas e disputadas.

Para a estudante Camila, o projeto não é só construir jogos, é aprender Matemática de uma maneira diferente. “Eu não gostava muito da maté- ria. Mas, com o Mattics, eu descobri que construir jogos vai além da conta, a gente usa variáveis, números negativos e positivos”, conta a aluna acrescentando que o projeto veio reforçar seu engajamento pela disciplina e ajudar a interligar e melhorar o desempenho nas outras. “O Mattics me ajudou também a desenvolver o português, porque a gente precisa escrever a história e falas dos jo- gos”, revela.

O projeto, que envolve toda a comunidade escolar e acadêmica, chama a atenção por sua genialidade na criatividade

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